Os utilizadores mais populares no Facebook estão "sujeitos" a viver uma vida mais longa do que as pessoas menos admiradas naquela rede social, concluiu uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia.

No âmbito deste estudo, a popularidade foi medida de acordo com a proporção dos pedidos de amizade enviados face aos pedidos recebidos e concluiu-se que quem recebe mais do que envia, vive, em média, mais 34% do que quem recebe poucas solicitações.

No centro da análise estiveram dados do Facebook de 12 milhões de utilizadores californianos nascidos entre 1945 e 1989. As informações foram posteriormente confrontadas com os dados do Departamento de Saúde Pública da Califórnia.

Apesar da associação parecer descabida, o documento final, publicado na revista científica Proceedings of The National Academy of Sciences, explica que as pessoas que publicaram fotografias de interações feitas no mundo real, mostravam indíces de mortalidade mais baixos do que as restantes. Outro dos indicadores que aparenta ser sinónimo de longevidade é a moderação na publicação de mensagens e no contacto com outros utilizadores através do chat. Quem o faz em demasia ou raramente, tem mais probabilidade de morrer prematuramente.

No entanto, apesar das diferenças entre utilizadores, quem usa o Facebook, mal ou bem, tem menos 12% de hipóteses de morrer a dada altura do que quem não usa.

Em suma, a relação estabelece-se entre a saúde e a amizade que há muitos anos é apontada como uma das causas para a longevidade. O Facebook é apenas uma das muitas formas digitais que esta toma até porque, como conclui o estudo, quem apresenta relações de amizade mais fortes na vida real apresenta mais interações online.