Edward Snowden fez o mundo colapsar quando revelou vários documentos que comprovam a existência de programas de espionagem abusivos e que violam as regras da privacidade. Hoje, 17 de janeiro, Barack Obama tentou colar os "cacos" ao anunciar um conjunto de reformas que vai ser aplicado à NSA.

No fim fica a ideia de que o presidente norte-americano tentou ser uma balança com os pratos equilibrados, defendendo as ações de espionagem como assuntos que garantem a segurança dos EUA e dos cidadãos, mas reconhecendo que são precisas reformas e um sistema de maior controlo aos possíveis abusos.

O The Guardian resume os pontos principais do discurso de Obama:

- as informações das chamadas telefónicas recolhidas não vão ser armazenadas pelo Governo norte-americano. Barack Obama também não revelou qual a entidade externa que vai ficar com essa responsabilidade, dando 60 dias para que especialistas em segurança e serviços de inteligência se pronunciem

- as agências vão precisar de aprovação judicial do FISA - tribunal para assuntos de serviços de inteligência - para aceder aos registos das chamadas

- líderes de países aliados dos EUA não vão mais ser controlados pela NSA e Obama também garantiu mais privacidade para cidadãos estrangeiros que tenham sido "apanhados" pelas ações da NSA

- a NSA vai ter acesso aos registos telefónicos em dois graus, isto é, aos registos de quem falou com o suspeito e aos registos de quem falou com a pessoa que depois falou com o suspeito. Até agora a rede espalhava-se até três graus

Barack Obama está ainda recetivo a propostas que ajudem a responder a outras questões que têm sido levantadas tanto por empresas, como por Governos, como por cidadãos comuns.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico