O número de empresas e celebridades que viram o seu nome ser utilizado indevidamente para criar domínios na Internet aumentou consideravelmente em 2008. Segundo a Organização Mundial para a Propriedade Intelectual (WIPO), organismo das Nações Unidas, no final do ano passado já haviam sido apresentadas 2329 casos de cybersquatting, o que representa um recorde face a outros anos.

Entre as referências utilizadas de forma ilegal encontram-se o nome da actriz Scarlett Johansson, a BBC, a Universidade de Yale, o clube inglês Arsenal e a candidatura de Madrid aos Jogos Olímpicos de 2016.

O relatório cita ainda o nome de empresas como a Google, eBay e Nestlé como vítimas de crimes semelhantes.

O cybersquatting é uma técnica que consiste em registar endereços utilizando uma grafia semelhante, em alguns casos trocando apenas algumas letras do nome dos visados. Assim, quando um utilizador se engana a digitar um endereço, ao invés de entrar na página que pretendia, acaba por ser reencaminhado para um site falso que, na maioria das vezes, apresenta conteúdos para adultos, ilegais ou para sites de concorrentes.

A WIPO explica que o número de ataques poderá ser potenciado com a criação de novas terminações de domínios. Segundo a organização, ao aprovar novos sufixos o ICANN acabará por promover o aumento de endereços "modificados", já que aumenta de forma exponencial o número de possibilidades para um domínio falso.