
Alguns piratas informáticos criaram uma "versão social" do malware Zeus, aquele que foi usado para controlar milhões de computadores e para roubar dados bancários, para que o vírus consiga gerar um número falso de likes e seguidores no Instagram. Especialistas acreditam que o novo esquema fraudulento pode ser mais rentável do que os esquemas anteriores.
A nova versão do software funciona da forma semelhante às anteriores: tem vários milhões de computadores cativos e mediante a compra de um "pacote" de likes ou seguidores, esses computadores zombies são comandados a fazerem gosto ou a seguirem os perfis dos compradores.
Como escreve a Reuters, cada interação falsa criada na rede social pode valer até cinco vezes mais do que os dados de um cartão de crédito roubado. Em vários fóruns da Internet é possível comprar mil seguidores novos por 15 dólares, cerca de 11 euros, enquanto mil gostos numa publicação podem custar até 30 dólares. Em comparação mil números de cartões de crédito eram vendidos em média por seis dólares.
O valor dos gostos e dos seguidores falsos no Facebook é alto pois existem empresas e pessoas individuais que estão dispostas a manipular o barulho social que as suas publicações conseguem. No caso das empresas, onde o marketing digital ocupa uma posição cada vez mais estratégica, é fácil de perceber a importância de cada partilha ter vários milhares de likes, já que isto se traduz numa valorização da própria marca.
Um estudo recentemente publicado na revista Science revela que um voto positivo numa publicação pode ser o suficiente para gerar outros votos positivos de empatia - o peso de vários milhares de votos positivos são outros vários milhares de votos positivos.
O Facebook, como empresa detentora do Instagram, já reagiu e diz que trabalha todos os dias por forma a fortalecer os níveis de segurança da rede social e para evitar ao máximo a criação de spam.
O investigador da universidade da Califórnia Chris Grier considera que este tipo de esquemas estão longe de desaparecerem ou poderem ser controlados. A razão? Os criminosos estão sempre à procura de novas formas de lucrar e as redes sociais são um dos meios de atingir esse fim na atualidade.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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