Em 2008 a Polícia Judiciária registou o roubo de dois milhões de euros através de técnicas de phishing, num ano em que se verificou um aumento exponencial dos casos de crime informático.

O crime mais registado é o de burla informática, que passou de 445 inquéritos em 2007 para 1.143 em 2008, seguindo-se o de acesso ilegítimo, que subiu de 286 para 327, revelou Jorge Rafael Duque, do departamento de criminalidade informática da PJ, citado pelo Portugal Diário.

Relativamente à criminalidade online contra menores, a PJ registou durante o ano passado 81 inquéritos sobre abuso sexual de crianças e 16 de pornografia na Internet.

Nesta matéria Rafael Duque citou um estudo norte-americano, "mas que se pode transpor para a realidade europeia", ressalvou, cujos dados indicam, entre outros aspectos, que 43 por cento das crianças conversam com desconhecidos, que cinco por cento chegam mesmo a falar sobre sexo e que quatro por cento recebem pedidos para tirar fotografias despidos ou com roupa e/ou poses ousadas.

Por último o investigador deixa uma chamada de atenção para alguns perigos que os pais parecem desconhecer, como ter uma webcam no quarto. "A PJ recebeu queixas de casos em que as câmaras foram ligadas remotamente, jovens (neste caso, do sexo feminino) foram filmadas e as imagens divulgadas na Net", destacou.