A Polícia Judiciária já abriu um inquérito para investigar a divulgação de dados pessoais de árbitros portugueses que na semana passada foram publicados na Internet e partilhados por várias pessoas. A notícia é avançada pela agência Lusa e cita um comunicado do Departamento de Investigação e Ação Penal.
Segundo a agência, o inquérito foi instaurado na sequência de uma queixa-crime da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), que garante que o seu sistema informático foi alvo de intrusão.
A lista com dados pessoais dos árbitros de competições profissionais, que incluem números de telefone, moradas, nome de familiares e outra informação como número de contas bancárias, terá sido publicada online a 17 de Março. O Diário de Notícias avançou a informação, o que levou à retirada dos dados, embora tenham surgido várias cópias.
O Ministério da Administração Interna já iniciou um plano com medidas especiais de segurança para os árbitros, dando sequência a uma solicitação da Federação Portuguesa de Futebol.
Este fim de semana foi revelado que o árbitro Bruno Paixão recebeu ameaças, dirigidas à família, mas este negou ter abandonado as suas rotinas e saído de casa, como chegou a ser noticiado na imprensa.
Os árbitros Pedro Proença e Artur Soares Dias também já vieram a público condenar esta situação considerando que a divulgação dos dados é um "atentado à privacidade individual e familiar" e que "ultrapassou os limite da razoabilidade", apelando à calma e tranquilidade que consideram necessária nesta fase final do campeonato de futebol.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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