A Polícia Judiciária comunicou que está a decorrer desde esta manhã uma operação de larga dimensão no âmbito da investigação do crime de pornografia de menores. A operação é liderada pela Secção Central de Investigação da Criminalidade de Alta Tecnologia (SCICAT) da Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF).

Com o nome de Operação PREDADOR, a investigação envolve a realização de 71 buscas a nível nacional, envolvendo cerca de 300 funcionários da DCICCEF.

Esta é a operação de maior dimensão lançada pela PJ nesta área, embora outras investigações sobre pedofilia tenham sido realizadas em Portugal, incluindo colaboração com entidades internacionais.

Em 2005 a PJ tinha lançado a Operação Barro, que tinha envolvido na altura 200 investigadores com 47 buscas realizadas em simultâneo e que culminou na identificação de 47 arguidos e apreensão de material informático.

As investigações para esta operação de 2005 decorreram ao longo de 14 meses permitindo identificar um grupo de indivíduos que se dedicavam à divulgação massiva de fotografias e filmes de pornografia infantil na Internet. Estes utilizavam aplicações Peer-to-Peer para divulgar os conteúdos ilegais.

O crime de pedofilia tem estado na mira das entidades policiais de todo o mundo que tentam limitar a proliferação de imagens de abuso sexual de menores que proliferam em servidores de troca de ficheiros e computadores pessoais. Ainda ontem a Interpol tomou a iniciativa inédita de divulgar através do seu site a fotografia de um predador sexual que procura há anos e que espera poder localizar com a ajuda dos internautas.

Nota de Redacção: [2007-10-10 10:42] Os resultados desta operação foram divulgados ao final da tarde de dia 9, dando origem a uma nova notícia Operação Predador leva à apreensão de 148 computadores

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