A plataforma de exercício físico e cognitivo da startup Actif conseguiu certificação como “dispositivo médico” do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde. O termo "dispositivo médico", como define o Infarmed, engloba um vasto conjunto de tecnologias e produtos destinados a serem utilizados para fins comuns aos dos medicamentos, tais como prevenir, diagnosticar ou tratar uma doença humana.

Com mais de 6.000 exercícios criados por profissionais e adaptados com recursos de inteligência artificial, a plataforma pode ajudar principalmente pessoas de idade mais avançada, que não encontram atividades adaptadas às suas condições, a terem uma vida mais ativa.

O serviço está disponível através do site da Actif e pode ser experimentado sem compromisso. Os conteúdos multimédia são criados por especialistas e trabalhados pelo algoritmo de inteligência artificial da Actif, que adapta o conteúdo que cada utilizador vai ter à sua condição física e necessidades, refere a empresa e comunicado.

A Actif disponibiliza também uma plataforma para profissionais de lares, centros de dia e unidades de cuidados continuados, com exercícios físicos e cognitivos que podem ser adaptados a diferentes idades e condição clínica. Nesta área conta com várias parcerias, nomeadamente as Misericórdias do Porto, Amadora, Figueira da Foz e também a Unidade de Cuidados Continuados do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, que pertence ao SNS.

A certificação do INFARMED vai permitir a entrada da plataforma em mais unidades hospitalares e que todos os clientes atuais e futuros beneficiem de uma redução de IVA para 6% na sua utilização. “O nosso objetivo é conseguir que todos os médicos possam prescrever exercício de forma simples”, refere Sara Gonçalves, CEO da Actif.

Sara Gonçalves começou este projeto em 2021 inspirada na sua avó, que foi diagnosticada com demência e passava todos os dias em atividades sedentárias, o que contribuía para a degradação da sua saúde e avanço mais acelerado da doença.

“Quando vamos ao médico e saímos com uma receita, sabemos exatamente qual o medicamento e quantas vezes o tomar. Quando saímos com uma recomendação de exercício, nem sempre é claro o que é seguro, como fazer, por onde começar nem qual a melhor opção dada as condições de saúde específicas de cada um. O meu sonho é que todos os consultórios médicos em Portugal passem a prescrever a exercício físico e cognitivo através da Actif, exatamente como o fariam para um medicamento”, refere a CEO citada em comunicado.