A maioria dos portais móveis actuais são concebidos de uma forma que depois acaba por impedir os utilizadores de chegar aos seus conteúdos e de utilizar os serviços de dados móveis, de acordo com um estudo da ChangingWorlds e da Mobile Metrix divulgado pelo Europemedia.



Recolhidos a partir da análise a 20 portais móveis europeus, os dados indicam que o número de cliques necessários para chegar ao destino considerado é demasiado extenso. Muitas das vezes o objectivo só é concretizado depois do utilizador ter passado por 16, ou até mesmo 20 menus, quando se acredita que o interesse se perde ou chega a um ponto de saturação quando são necessários mais de 12 cliques.



São menos de 36 por cento os portais que disponibilizam os seus conteúdos de interesse a menos de 12 menus de distância. "Isto significa que a maioria deles coloca os seus conteúdos demasiado longe da homepage, contribuindo para que os utilizadores percam a vontade de lhes aceder", salienta um dos responsáveis pela análise. A usabilidade do portal afecta directamente os ARPUs e, garante o estudo, pode ser usada para melhorar esse mesmo ARPU em até 20 por cento.



Os melhores portais no que diz respeito à usabilidade são o finlandês Sonera, os ingleses T-Motion e O2, o irlandês Vodafone e o alemão Genion. A análise dos resultados em termos regionais revela que o Reino Unido e a Irlanda têm a melhor usabilidade em termos gerais. Embora a Escandinávia possa ser a primeira no que diz respeito ao desenvolvimento e fornecimento de infra-estrutura, não lidera, segundo o estudo, o aprovisionamento de serviços móveis, exceptuando o caso do portal móvel da Sonera.



Na opinião dos responsáveis pelo estudo, o sucesso da Internet móvel está actualmente numa conjuntura crítica. "Se a usabilidade não for tratada como uma prioridade não sabemos como poderá aumentar a utilização dos serviços de dados móveis – algo que a indústria no geral necessita que aconteça", salientam.



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