Os últimos números do Eurostat colocam Portugal no terceiro pior lugar da tabela europeia de utilização da Internet. A lista que contempla a Europa dos 25 e ainda a Bulgária, a Roménia, a Turquia, a Noruega e a Islândia, revela que no primeiro trimestre do ano a Suécia, a Dinamarca e a Finlândia acumulavam as taxas mais elevadas de utilização da Internet, com uma penetração de 82, 76 e 70 por cento, respectivamente.



Portugal integra o grupo de países com índices de penetração mais baixos, com uma taxa de utilização de 29 por cento. Do mesmo grupo fazem parte a Lituânia e a Polónia, também com uma taxa de penetração de 29 por cento, a Grécia com 20 por cento e a Hungria com 28 por cento.



Nas empresas, Portugal ocupa mesmo o último lugar da tabela com uma penetração de 77 por cento, sendo ultrapassado por países como a Hungria (78 por cento), a Lituânia (81 por cento) e o Chipre (82 por cento). No pelotão da frente estavam a Dinamarca e a Finlândia com taxas de utilização da Internet nas empresas de 97 por cento.



Na banda larga os números apurados são globalmente mais fracos, sobretudo na utilização particular. Aí a Dinamarca lidera com 36 por cento dos utilizadores de Internet a usarem o serviço, seguem-se a Finlândia e Estónia com 21 e 20 por cento. Portugal apresentava uma taxa de penetração de banda larga no segmento doméstico de 12 por cento.



Nas empresas, Espanha integra o grupo da frente com uma taxa de 72 por cento de acesso em banda larga, depois da Dinamarca com 80 por cento e da Suécia com 75 por cento. Portugal fica-se pelos 49 por cento.



Em termos gerais, o Eurostat apurou que metade dos indivíduos residentes na União Europeia (47 por cento) utilizavam Internet em 2004, sendo que entre os jovens (entre os 16 e os 24 anos) a utilização chega a três terços do universo analisado e que são os homens quem mais faz uso da web (51 por cento vs 43 por cento). Nas empresas, nove em cada dez entidades dispunham também de ligação à Internet, metade das quais através de banda larga.



De sublinhar que os números apresentados pelo Eurostat foram recolhidos há pelo menos um ano. Em Portugal, o operador de telecomunicações que detém mais de 90 por cento do mercado de banda larga apresentou em 2004 um crescimento de 77 por cento no número de clientes do serviço, progressão que será idêntica em vários países da Europa.



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