Pela primeira vez desde o anúncio do projecto de digitalização de livros, o Google solicitou aos editores de França, Itália, Alemanha, Holanda e Espanha que enviem os textos que desejam ver incluídos no serviço. A biblioteca digital visa a digitalização de um grande número de obras impressas de forma a ficarem imediatamente à disposição dos internautas para que estes possam realizar pesquisas dos textos a partir do motor de pesquisa.

Sabe-se que a base de dados do programa já inclui livros em cerca de 100 línguas diferentes, mas todo o material é proveniente dos EUA, Canadá e Austrália. Agora, a abertura a outros idiomas complementa-se com a tradução da homepage do Google Print à língua oficial destes países, um local onde qualquer editor pode consultar os seus dados e gerir a introdução das suas obras. A data limite para a inclusão destas obras termina a 1 de Novembro.

Além disto, esta é também uma forma de a empresa responder às críticas a que foi sujeita e realizar um contra-ataque ao projecto político dos seis países europeus que decidiram criar a sua própria biblioteca digital, como alternativa ao Google Print.

Para alguns editores este serviço é positivo uma vez que a quantidade de conteúdos que podem ser consultados é limitada e por oferecer ligações directas a páginas web onde o livro pode ser adquirido.

Segundo Jim Gerber, director da unidade de conteúdos do Google Print, a empresa não cobra comissões pelas vendas que o seu serviço pode gerar, mas ganha receitas pela inserção de publicidade relacionado ao texto em questão.

De acordo com a Associated Press, o Google já se dirigiu aos seguintes editores: Grupo Planeta e Grupo Anaya de Espanha, De Boeck e Editions De L'Eclat em França, Springer Science & Business Media da Holanda, a italiana Giunti Editore e Mare Buchverlag na Alemanha. Para além desta cooperação, a empresa também iniciou conversações com as bibliotecas de Harvard, Michigan e Universidade de Stanford.

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