
Os dados constam do Estudo sobre os Comportamentos de Consumo de Álcool, Tabaco, Drogas e outros Comportamentos Aditivos e Dependências - Portugal 2024 (ECATD--CAD), que contou com uma amostra de 11.083 alunos, entre os 13 e os 18 anos, de 1.992 escolas do ensino público de todo o país.
O estudo revela que a grande maioria dos inquiridos jogou jogos eletrónicos no último mês (74% num dia sem escola e 65% num dia de escola), enquanto o jogo a dinheiro é uma prática muito menos prevalente: 18% jogaram a dinheiro no último ano, com destaque para lotarias, apostas desportivas e jogos de cartas/dados.
A percentagem que, no último mês, passou quatro ou mais horas diárias a jogar videojogos é de 30% em dias sem escola e 10% em dias de escola, refere o estudo, apontando que 39% jogaram numa base diária ou quase diária, isto é, em pelo menos quatro dias da semana anterior à realização do inquérito online.
"Tanto o jogo eletrónico como o jogo a dinheiro são práticas mais masculinas do que femininas, sendo a diferença entre os dois sexos particularmente acentuada", salienta o estudo do Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências.
Por outro lado, os alunos do ensino secundário jogam mais a dinheiro do que os alunos do 3.º Ciclo, enquanto se verifica o inverso no caso dos videojogos.
Os dados revelam que o jogo a dinheiro se tornou, nos últimos 12 meses, mais prevalente, sendo que a subida se faz muito à custa de um grande aumento entre as raparigas e entre os alunos mais novos.
Também comparativamente a 2019, o jogo a dinheiro entre os alunos distribui-se hoje por várias formas de jogo, em vez de estar concentrado sobretudo nas apostas desportivas.
"Entre os respetivos jogadores, o jogo eletrónico considerado problemático aumentou, enquanto o jogo a dinheiro de maior risco associado desceu", salienta o estudo.
O ECATD-CAD é um estudo transversal que resulta da aplicação do questionário ESPAD (European school survey project on alcohol and other Drugs) em amostras representativas dos alunos do ensino público português com idades entre os 13 e 18 anos.
No essencial, o presente estudo constitui o alargamento do ESPAD a alunos de outros grupos etários, pelo que os procedimentos metodológicos são genericamente os mesmos.
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