Rede social portuguesa junta quem gosta de cozinhar a quem gosta de comer

10 jan 2011 16:51

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Para quem não gosta de jantar sozinho ou anda à procura de novos apreciadores para os seus dotes culinários, há uma rede social que nasceu para juntar quem gosta de cozinhar e quem anda a planear a próxima refeição.

Chama-se InnerDinner e pretende juntar quem gosta de cozinhar a quem anda à procura de uma refeição saboreada num local diferente ou, pelo menos, preparada com outras mãos. O projecto nasceu em Março do ano passado, mas só foi apresentado em Junho. Ainda está a dar os primeiros passos, embora os autores acreditem que tem potencial.

"As pessoas podem cozinhar em sua casa e convidar outras para se juntar ou podem mesmo ir a casa de outras pessoas fazer o jantar para elas", explica Nuno Rodrigues, mentor do projecto.

Quem propõe o jantar decide se a refeição é gratuita ou se há custos envolvidos, pagos por quem se mostra interessado em provar dotes culinários desconhecidos. Este pagamento será feito na forma de donativos, sendo que o principal objectivo da plataforma é proporcionar uma nova "forma de conhecer pessoas, passar um bom momento e dar cabo da fome", acrescenta Nuno Rodrigues, que desenvolveu o projecto em parceria com um amigo.

O conceito pretende seguir o modelo dos Underground Restaurants, já explorado noutros países mas ainda pouco comum em Portugal. Como explicam os mentores, não faz mais do que aplicar o conceito low-cost ao segmento da comida, numa perspectiva diferente do habitual.

Nos primeiros meses de vida o InnerDinner, só disponível em inglês, tem sido usado sobretudo por estudantes (locais e erasmus), viajantes, pessoas que vivem numa cidade nova e ainda não conhecem muita gente (maioritariamente jovens em início de carreira), pessoas que andam à procura de refeições baratas ou pessoas que gostam de cozinhar.

A maioria dos utilizadores está em Portugal, mas não só. A plataforma já conquistou a atenção de utilizadores localizados noutras partes do mundo.

No futuro espera-se que o projecto evolua para permitir pagamentos online, que facilitem a entrega de donativos a quem se disponibiliza para cozinhar. "Desta forma, quem vai cozinhar tem sempre uma motivação extra e quem pagar por isso vai ter sempre benefícios relativamente a quem não paga", diz Nuno Rodrigues.