As empresas precisam de rever as suas estratégias de utilização das ferramentas de media social e estar preparadas para tirar melhor partido das redes sociais, alerta a Gartner, num estudo sobre as tendências de utilização deste tipo de ferramentas nas empresas, divulgado esta semana.

De acordo com a análise, em 2014 o recurso às redes sociais deverá substituir o email como veículo preferencial de comunciação em 20 por cento das empresas.

"O crescente uso de plataformas como o Twitter e o Facebook por utilizadores empresariais despertou o interesse das empresas na procura de plataformas sociais" para uso interno, afirma o vice-presidente de pesquisas e responsável pela área de portais, conteúdo e colaboração da Gartner, Mark R. Gilbert.

Os responsáveis pela análise estimam que, no espaço de dois anos, 50 por cento das empresas estarão a fazer uso de ferramentas de interacção social - onde os modelos de microblogging não deverão ter uma expressão superior a cinco por cento.

De acordo com os analistas, a justificação prende-se com o facto de apesar do modelo agradar às empresas, a sua popularidade junto do público advém de uma escala de utilização global, que permita aos utilizadores manterem-se informados sobre o que um grande número de conhecidos estão a publicar, funcionalidade que se perder quando aplicada a um universo mais restrito.

As iniciativas com maior potencial de sucesso nos esforços de adopção de media sociais pelas empresas serão as que estejam envolvidas numa estratégia que vá para além do simples uso de uma plataforma tecnológica. Na maioria dos casos a Gartner defende no entanto que este será o caso. Setenta por cento das iniciativas sociais suportadas numa única plataforma de TI tendem a fracassar, devido à "orientação" seguida pelas empresas.

Apesar do esperado "boom" na utilização das redes sociais, espera-se que em 2015 ainda apenas cerca de 25 por cento das empresas estejam a recorrer, de forma regular, a media sociais como forma de melhorar o seu desempenho e produtividade.