Facebook, Twitter e YouTube estão a ser acusados de "falhar conscientemente" a remoção de conteúdos terroristas das suas plataformas. Em declarações ao The Wall Street Journal, as empresas já recusaram o rótulo de condescendência atribuído pelo parlamento britânico e um porta-voz do Facebook declarou mesmo que a postura da empresa face a estas publicações é exatamente inversa à imputada. "Nós lidamos rapidamente e fortemente com os relatórios que nos dão conta de conteúdos relacionados com o terrorismo", disse.
Em relatório, o comité britânico para as relações internas considera ainda que as redes sociais são "o veículo de eleição para a divulgação de propaganda e plataformas de recrutamento terrorista".
Recorde-se que nos últimos meses o Twitter tem protagonizado várias peças que dão conta da sua capacidade em eliminar perfis relacionados com grupos terroristas. Só nos últimos dois anos, o tráfego gerado por membros do ISIS naquela rede social diminuiu 45%, um valor que o parlamento britânico considera insuficiente. "Estas empresas têm equipas de centenas a monitorizar redes com milhares de milhões de contas", pode ler-se no relatório.
Como solução, foi ainda proposto que estas páginas adotassem uma política de "tolerância zero contra o extremismo online" e o comité recomendou leis que obrigariam as redes sociais a remover propaganda terrorista e a informar as autoridades acerca do seu conteúdo.
Por outro lado, os especialistas parecem não concordar com esta investida do parlamento. De acordo alguns dos que foram contactados pelo WSJ, o recrutamente por parte de grupos terroristas é maioritariamente conduzido em plataformas de mensagens encriptadas como o WhatsApp e o Telegram.
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