Matt Hancock, Secretário de Estado britânico para assuntos relacionados com a cultura e o meio digital, assumiu o cargo em janeiro e tem na sua agenda criar legislação para “tornar o Reino Unido o lugar mais seguro do mundo para navegar online”, pode ler-se no comunicado oficial. As medidas fazem parte do programa Internet Safety Strategy, delineado em 2017 e que agora dá novos passos.

O governo britânico considera que ainda há muito a fazer sobre os perigos do espaço online, sobretudo no apoio aos utilizadores que consideram que as grandes companhias tecnológicas operam sem transparência e uma supervisão apropriada. Segundo os seus dados, seis em cada 10 pessoas afirmam terem testemunhado conteúdos online impróprios ou nocivos.

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Uma das áreas merecedoras de atenção são as redes sociais, estando a ser mantido o contacto com empresas para garantir a proteção dos seus utilizadores, com centros de acolhimento de crianças e outras entidades interessadas, para criar leis que impeçam a proliferação de crimes ligados ao ciberbullying e exploração sexual online de menores.

Matt Hancock refere-se à internet como o “Oeste Selvagem” que necessita ser regulado para se transformar num lugar seguro para as pessoas que, cada vez mais, mantêm as suas vidas nas plataformas online. Sobretudo a proteção das crianças, para que os pais se sintam mais confiantes na liberdade que dão aos seus filhos para navegarem na internet.

Ainda não foram reveladas medidas em concreto, mas o governo está a formular um Livro Branco para publicar no final do ano, que servirá de guia aos problemas assinalados. Será definido onde a legislação terá mais impacto, sobretudo nas áreas que sejam consideradas sem a necessária transparência ou o seu código de prática necessite ser alterado, entre outras questões nocivas ligadas à internet.