A Associação da Indústria Discográfica da América (RIAA) vai anunciar, ao longo da próxima semana, que os utilizadores de Internet que copiem música ilegalmente através da Internet poderão ter uma espécie de amnistia, caso se comprometam a eliminar todos os ficheiros copiados por essa via, evitando assim que a RIAA prossiga investigações e formalize queixes contra as suas actividades ilícitas.



A informação foi veiculada pela Reuters com base em declarações de uma fonte próxima da associação, garante a agência. A fonte explica que os utilizadores que estejam dispostos a preencher um formulário garantindo que não voltam a utilizar sistemas per-to-per como o Kazaa, que permitem o download de músicas protegidas por direitos de autor e destruam todos os seus ficheiros têm uma última oportunidade.



Ao longo das últimas semanas, a RIAA tem vindo a anunciar que está a ultimar dezenas de processos que entregará em tribunal, resultado de um trabalho de investigação que se socorreu de métodos como o acesso a bases de dados pessoais na posse de Internet Service Providers e do arquivo de impressões digitais relativo às músicas copiadas do entretanto extinto Napster.



A informação difundida pela Reuters surge assim como um ultimato aos infractores, embora a fonte da agência adiante que nem todos os visados pelas acusações a divulgar na próxima semana tenham a possibilidade de se socorrer desta última oportunidade.



O último caso investigado e levado a tribunal pela RIAA foi tornado público na passada semana e refere-se a uma jovem cujo computador pessoal guardava perto de mil ficheiros de música, considerados ilegais. Soube-se nessa altura que a RIAA tinha na sua posse uma base de dados que permitia identificar todos os ficheiros de música copiados a partir do Napster, desde 2000, usada para comparar com os ficheiros suspeitos, tentando determinar a sua origem.



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