Algumas das principais companhias que suportam redes de partilha de ficheiros pela Internet acabam de formar uma associação de nome Distributed Computing Industry Association (DCIA), com a qual esperam ajudar a legitimar a sua actividade e diluir a fama de piratas de que gozam, principalmente em meios associados à indústria da música ou do cinema. A nova associação pretende igualmente pressionar o poder político a aceitar a sua existência e incluir os seus representantes em negociações sobre medidas legislativas.
A associação foi fundada pela Sharman Networks responsável pelo site de partilha de ficheiros de música Kazaa, e a sua parceira Altnet, tendo entretanto já sido nomeado Marty Lafferty como seu chefe executivo. Na opinião do mesmo responsável, citado pela News.com, a DCIA pode revelar-se um fórum neutral onde companhias que se sintam afectadas por este tipo de serviços peer-to-peer, assim como empresas de computação distribuída, se podem encontrar e estabelecer regras de funcionamento que encorajem a adopção de standards.
Desta forma, a DCIA espera poder integrar num futuro próximo um alargado leque de membros que poderão passar pelos fornecedores de serviços peer-to-peer, fabricantes de software e outras empresas que prestem serviços na área da Internet. A associação anunciou também que não pretende que fiquem de fora as indústrias do cinema e da música.
A RIAA (Recording Industry Association of America) - tradicionalmente contra este tipo de serviços de peer-to-peer que acusa de ser responsável pela acentuada quebra de vendas de discos - veio já a público comentar a formação desta associação, declarando à agência Reuteurs, que "parece estranho que companhias que propositadamente facilitam actividades ilegais como forma de vida estejam a abrir em Washington um escritório para advogar o direito à sua existência. Esta é aparentemente uma reacção ao interesse do Congresso [norte-americano] em banir a pirataria [na Internet], e às suas preocupações em relação à falta de segurança e privacidade resultantes do abuso das redes de peer-to-peer".
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