Para lá do B2B ou B2C, o tech4COVID19 afirma-se como H2H, ou Human to Human. O movimento que surgiu de uma conversa informal entre fundadores de startups tecnológicas, rapidamente evoluiu para se tornar num movimento que quer encontrar soluções tecnológicas para ajudar o país na luta contra a COVID-19. Para perceber como se gere um movimento com tão grandes ambições, o SAPO TEK falou com Liliana Pinho, coordenadora de comunicação do tech4COVID19.
Por trás dos mais de 3600 voluntários, 120 empresas e 27 projetos em desenvolvimento há uma autêntica “máquina administrativa” que tem como função garantir que todos os projetos apresentados são, de facto, viáveis e concretizáveis.
Ao SAPO TEK, Liliana Pinho indicou que embora seja um desafio conseguir organizar uma iniciativa de tão grande calibre, o espírito de colaboração e de entreajuda está bem presente. “Criamos uma série de equipas que se apoiam para tentar maximizar o valor dos projetos e fazer com que se desenvolvam o mais rapidamente possível de forma a que o apoio chegue às pessoas que precisam”.
Em tempos de incerteza, lidar com o risco de um projeto não ter impacto pode tornar-se ainda mais complicado. “Nós estamos a ter muito cuidado”, elucidou a coordenadora, acrescentando que todos os projetos estão a ser avaliados tendo em conta as entidades que estão diretamente ligadas a eles para perceber se vão acrescentar valor ou não.
“À partida, todos os projetos que temos comunicado e que têm avançado estão encaminhados no sentido de criar impacto real. Não nos fazia sentido se fosse de outra maneira ou se estes projetos não tivessem impacto ou se criassem entraves a alguém”, explicou Liliana Pinho. O Rooms Against COVID é um dos mais recentes projetos a se concretizar e, de acordo com a coordenadora, é um dos exemplos que segue esta linha. “Queríamos ter a certeza de todas as coisas estavam a ser bem previstas”, afirmou.
A plataforma criada em parceria com a GuestCentric e HiJiffy quer ajudar os profissionais de saúde que não queiram arriscar contagiar os seus familiares ou que se encontrem deslocados de casa. A Rooms Against COVID conta com o apoio do Turismo de Portugal, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), o Click2Portugal e a Associação de Alojamentos do Alojamento Local em Portugal. Ao todo, a iniciativa tem mais de mil quartos disponíveis. Até à data, já foram realizados 400 pedidos de alojamento e 130 pessoas já utilizam o serviço.
Ao Rooms against COVID somam-se o #WeMoveIt, lançado em parceria com a Luggit, o qual permite enviar bens e objetos a familiares ou amigos sem sair de casa, ou ainda o #AnimaLar, dedicado aos animais de estimação e com um diretório de serviços de petsitting. Na “calha” estão ainda mais projetos que estão quase prontos a ser lançados brevemente, afirmou Liliana Pinho.
A entrega de materiais hospitalares angariados às Administrações Regionais de Saúde também está nos planos do tech4COVID19. A coordenadora explicou que o recém-lançado projeto Material Hospitalar tem uma equipa de 200 pessoas completamente dedicadas a dar resposta, em articulação com o Estado, às necessidades urgentes de equipamentos médicos no país. A iniciativa tem também o apoio da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Farmacêuticos e da Ordem dos Enfermeiros.
Se quer ajudar o tech4COVID19 a encontrar soluções tecnológicas para resolver alguns dos problemas causados pela pandemia, pode registar-se como voluntário na página do movimento. Aí poderá também encontrar os projetos que estão já a ser desenvolvidos e de que forma pode contribuir para a sua concretização.
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