Os problemas com as compras online de artigos e serviços originaram um aumento de 23,6% nas queixas dos consumidores portugueses na União Europeia, durante os meses de abril e junho. As empresas portuguesas foram as mais visadas pelos consumidores nacionais, com 1.195 queixas, seguindo-se as marcas espanholas com 502 reclamações e o Reino Unido com 263 registos. Ao todo, os portugueses fizeram 2.606 reclamações.
Em relação a consumidores de outros países europeus contra empresas portuguesas, os franceses são os que mais se queixam, com 162 reclamações, os espanhóis com 88 e ingleses com 25 casos.
Os dados foram recolhidos pela Comissão Europeia através da Plataforma de Resolução de Litígios em Linha (Online Dispute Resolution) que foi desenvolvida para resolver litígios associados às compras em plataformas online. Ao utilizar esta ferramenta, os intervenientes evitam levar os casos para os tribunais.
Os produtos relacionados com as TIC (tecnologias de informação e comunicação) representam a maior fatia do bolo das reclamações portuguesas com 13%. O vestuário e o calçado seguem-se com 11% das queixas, ocupando o terceiro lugar as empresas de aviação com 7%.
As áreas onde existem mais queixas são diferentes das registadas na Europa, onde o pódio das reclamações é composto pelo setor de aviação 12,33%, o vestuário com 11,13% e os bens de TIC com 7,27%.
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