O Twitter pode estar a preparar um sistema de autenticação em dois passos para reforçar as medidas de segurança na rede social, com o propósito de evitar que contas de utilizadores continuem a ser roubadas e invadidas.

Os rumores avançados pela imprensa internacional surgem um dia após a conta da Associated Press (AP) ter sido invadida e usada para divulgar uma informação falsa - de que a Casa Branca, nos EUA, foi alvo de um atentado bombista e de que o presidente Barack Obama tinha ficado ferido. O caso ganhou proporções mundiais depois de ter influenciado negativamente as bolsas de valores norte-americanas.

Histórias como esta têm sido recorrentes e mancham a imagem da empresa liderada por Dick Costolo numa época em que cada vez surgem mais redes sociais e serviços para a troca de mensagens online. Além dos ataques a utilizadores, o próprio serviço tem-se mostrado vulnerável a investidas de piratas informáticos e o roubo de milhares de credenciais também consta do histórico da rede de microblogues.

As informações de que o Twitter está a preparar um modelo de autenticação duplo ganham mais consistência depois recentemente a empresa norte-americana ter publicado uma vaga de trabalho para um engenheiro especialista em "autenticação multi-fator" e com capacidade para "detetar autenticações fraudulentas".

O Twitter não confirmou nem adiantou informações sobre os possíveis planos da empresa em reforçar o sistema de segurança. Numa primeira fase o two-form factor pode apenas ser aplicado em perfis considerados como de alta importância como meios de comunicação, celebridades, marcas e políticos.

A Apple, a Microsoft e a Google são exemplos de empresas que já adotaram a autenticação em dois passos - que na maior parte dos casos envolve o envio de uma SMS para o telemóvel do utilizador com um código único que tem que ser usado no ato de autenticação, além da palavra-passe "tradicional".


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