O Twitter proibiu a utilização de ficheiros PNG animados, um formato semelhante ao GIF, na sua plataforma. A rede social afirma que descobriu uma falha na plataforma que permitia a publicação de múltiplas imagens animadas numa só publicação. A medida quer garantir a segurança dos utilizadores mais sensíveis a imagens em movimento rápido ou a luzes intensas, em especial, os que sofrem de epilepsia.

A decisão surge após a Epilepsy Foundation ter revelado que hackers estariam a usar o tipo de ficheiros em questão para levar a cabo campanhas de intimidação que poderiam pôr em risco a vida dos utilizadores com epilepsia fotossensível. Ao longo de novembro, aquele que é considerado o mês da consciencialização para a epilepsia nos Estados Unidos, um grupo de hackers publicou uma série de ficheiros PNG animados com luzes estroboscópicas no Twitter, marcando-as com o nome de utilizador e hashtags da Epilepsy Foundation.

“As luzes que brilham a uma certa intensidade ou determinados padrões visuais podem provocar ataques nos indivíduos que sofrem de epilepsia fotossensível”, elucida Jacqueline French, médica e membro da ONG norte-americana em comunicado à imprensa.  A responsável indica que “a população com este tipo de sensibilidade é pequena”, no entanto o impacto da atuação dos hackers é muito sério. A ONG realizou uma queixa às autoridades de forma a encontrar os culpados por trás do ciberataque.

A medida tomada pelo Twitter pode, em parte, proteger os utilizadores mais sensíveis a imagens em movimento rápido ou a luzes intensas, contudo, tornar a plataforma num espaço completamente seguro poderá revelar-se uma tarefa complicada. Recorde-se que este não é o primeiro caso em que são publicadas imagens animadas que podem colocar em risco a vida de indivíduos.

Em 2016, Kurt Eichenwald, um jornalista com epilepsia fotossensível, terá recebido uma mensagem através do Twitter que continha um GIF com luzes estroboscópicas, algo que o levou a ter um forte ataque. O atacante foi, mais tarde, capturado pelo FBI e julgado pelo crime.