Afinal a Comissão Europeia está mesmo a investigar os serviços de pesquisas online por práticas potencialmente lesivas da concorrência, avança esta semana a imprensa internacional.

A confirmação terá partido do comissário europeu para os assuntos da concorrência, Joaquin Almunia, que adiantou que se teme que as maiores empresas estejam a abusar da posição dominante.

A questão já vinha sendo discutida nos últimos tempos, depois de três empresas se terem queixado, às instâncias europeias, da Google. Os queixosos alegam que a gigante abusa da sua posição no mercado para fixar artificialmente preços publicitários acima do valor do mercado e também que manipula a ordem pela qual são apresentados os resultados das pesquisas para prejudicar os concorrentes.

A primeira notícia, avançada em Fevereiro deste ano pelo Financial Times, dava conta de uma investigação por parte da UE, mas tinha depois sido parcialmente desmentida pelo comissário da concorrência. Em Março, Joaquin Almunia confirmou terem sido recebidas as queixas mas explicou que estas tinham antes sido remetidas à Google para saber a sua versão dos factos e decidir então se haveria material para abrir uma investigação.

Agora, o responsável admitiu publicamente que os serviços da concorrência europeus estão a "analisar algumas acusações de práticas anticoncorrenciais em relação às pesquisas online", sem referir, no entanto, o nome de qualquer dos implicados, escreve o El Mundo.

"O trabalho está ainda numa fase inicial, mas dada a importância das pesquisas para um mercado online competitivo, estou a estudar estas acusações muito atentamente", acrescentou, sem adiantar mais pormenores.