No último ano, a segurança das passwords melhorou ligeiramente em todo o mundo, mas a margem para dar mais robustez às senhas de acesso à nossa vida digital continua a ser grande e isso nota-se ainda mais em algumas regiões, incluindo a Europa Meridional, onde está Portugal.

O Password Health Score mostra que, em média, a segurança das passwords melhorou quase dois pontos em todas as regiões do mundo, mas todas elas continuam a encaixar-se na categoria “necessita de melhoria”, por somarem pontuações entre 60 e 90.

A região da Europa Meridional, onde se insere Portugal, Espanha ou Itália, mantém-se uma das piores classificadas neste ranking, com uma pontuação média de 73.5, que só permite chegar à 10.ª posição, em 14.

Pior que a Europa Meridional, neste ranking, está a região que inclui os Estados Unidos e o Canadá (América do Norte), que surgem em último lugar, atrás de regiões como a Ásia Meridional, onde estão as Filipinas, Vietname e Indonésia; Médio Oriente & Ásia Central (Turquia, Israel e Chipre, entre outros) e África do Norte & Ocidental (Marrocos, Guiné-Bissau e Angola).

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A região que inclui Portugal também se destaca pela negativa no estudo, pelo facto de metade das passwords escolhidas pelos utilizadores serem reutilizadas. Verifica-se ainda que 14% destas passwords estão comprometidas.

Os mais preocupados com a segurança das suas passwords são os utilizadores de países como a Bulgária, Polónia e Ucrânia (Europa Oriental), da Estónia, Finlândia e Noruega (Europa Setentrional) e da Europa Ociental (Alemanha, França e Suíça).

Numa realidade oposta, está a região da América do Norte, que é a mais visada por passwords comprometidas (17%). Por seu lado, a penúltima região no ranking das senhas de acesso seguras, a África do Norte & Ocidental, é aquela que apresenta menos passwords comprometidas (9%).

Segurança das passwords - Dashlane
créditos: Dashlane

Os dados são da Dashlane, especialista em gestão de passwords e identidade digital, que neste relatório anual compila dados, anónimos e agregados, trabalhados por um algoritmo da empresa, para refletir os hábitos de cibersegurança de mais de 19 milhões de utilizadores e 22 mil organizações clientes.

A análise da empresa mostra ainda que o utilizador médio tem 227 contas que requerem password e que, também em média, a percentagem de reutilização de passwords é superior a 44% em todas as regiões. Pela positiva, verifica-se que no último ano a utilização de passwords fracas, reutilizadas e comprometidas diminuiu.