Quase metade dos portugueses já utiliza a Internet diariamente. Este é um dos resultados do último Eurobarómetro, divulgado no Dia da Internet Mais Segura e também prova a distância de Portugal em relação à média europeia, onde a média se fixa nos 63%. A utilização da Internet em smartphones é também inferior em Portugal.

O acesso ao mundo online é já feito todos os dias por 48% dos portugueses, um valor que subiu dez pontos percentuais em relação ao ano passado. Apesar de a subida ser considerável, 34% da população nunca utilizou a Internet, um número mais elevado que os 18% da média europeia.

Consultar o correio eletrónico (82%), ler notícias (67%) e utilizar as redes sociais (76%) são as tarefas mais executadas pelos portugueses no mundo online, sendo que 93% recorrem ao computador para as desempenhar e apenas 38% ao smartphone. Na União Europeia, a utilização de telemóvel para acesso à Internet representa já 61% dos acessos.

Portugueses dizem saber mais, mas também se protegem menos

Já mostrámos os principais receios que as diferentes gerações têm quando chega a altura de navegarem na Internet, mas, no geral, os portugueses dizem ser conscientes dos riscos que enfrentam o computador.

Cerca de 55% dos inquiridos em Portugal - um valor superior aos 50% da média europeia - consideram estar bem informados em relação aos riscos do cibercrime, mas 82% diz que "tomar precauções ou utilizar um software antivírus" é o suficiente para se protegerem dos ataques informáticos.

Contudo, segundo o estudo, os cidadãos nacionais são mais descuidados na utilização da Internet do que o resto da comunidade europeia: a média aponta que 61% dos inquiridos instalou um antivírus no computador como forma de prevenir riscos online, mas esse valor desce para 50% em Portugal.

Por cá, 59% das pessoas abre emails de desconhecidos (51% da média europeia) e apenas 26% varia a palavra-passe consoante o serviço utilizado, em contraste com os 31% do valor médio europeu.

O estudo foi conduzido pela Comissão Europeia e foram analisadas 27.868 entrevistas, 1.002 das quais feitas a portugueses.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico