Um worm de propagação rápida afectou ontem o jogo Second Life obrigando os responsáveis a fechar o acesso à plataforma durante meia hora. O problema de segurança foi identificado pelos Linden Labs, responsáveis pela plataforma, que baptizaram o worm de Grey Goo. Programado para se auto-propagar o vírus actuava fazendo girar anéis de ouro neste mundo virtual.



O problema, que levou ao encerramento temporário das entradas no jogo às 14:45 horas (nos Estados Unidos), tornou a plataforma mais lenta, obrigando uma acção manual da empresa para erradicar os anéis do Second World.



Embora o problema tenha sido resolvido em meia hora o worm é já considerado o mais grave a atingir um jogo online.



Nos últimos tempos o Second Life tornou-se num popular mundo virtual acumulando já mais de 1,5 milhões de utilizadores, que crescem a um ritmo de 38 por cento ao mês. Várias empresas reais já se fazem representar na plataforma como a Adidas, a IBM ou a Reuters.



No jogo é possível comprar e vender terras que podem acolher lojas, sustentadas à custa de fee pago à empresa criadora do jogo. O intervalo de operações é de 24 horas e a quantia máxima a gastar em cada dia é de 690 mil dólares.



O aumento de popularidade do serviço tem crescido ao ritmo das críticas que acusam a empresa de continuar a admitir pessoas gratuitamente neste mundo virtual, sem melhorar a capacidade dos seus servidores. Isto torna pouco satisfatória a experiência online sempre que estão em jogo mais de 15 mil pessoas em simultâneo.



Outra das criticas tem a ver com a utilização descontrolada de um programa criado pelos Linden Labs para detectar vulnerabilidades na plataforma, mas que foi modificado e se transformou numa ferramenta usada por outros intervenientes no jogo e que permite criar réplicas de produtos vendidos nas lojas virtuais, por exemplo.



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