Segundo a agência Reuters, a Google reviu manualmente mais de um milhão de vídeos suspeitos de conter material terrorista. Esse número é especialmente alarmante quando 9% dos vídeos, ou seja, quase 90 mil revisões violaram mesmo as políticas da plataforma sobre a divulgação de terrorismo, tendo sido prontamente removidos.

Segundo o porta-voz da Google, num painel à Casa dos Representantes dos Estados Unidos, a empresa gasta centenas de milhões de dólares anualmente na revisão manual de conteúdos da plataforma de vídeos. A gigante tecnológica partilhou ainda que emprega mais de 10 mil pessoas a trabalhar na revisão manual.

As entidades governamentais têm pedido às principais tecnológicas, como o Facebook, Twitter e Microsoft para revelarem os orçamentos investidos nas medidas antiterroristas, mas ao que parece, a resposta da Google exemplifica as respostas dos seus pares.

O massacre da Nova Zelândia criou maior pressão à monitorização das plataformas sociais, levando mesmo a alguns governos a criar legislação para responsabilizar as redes sociais da remoção dos conteúdos violentos, como foi o caso da Austrália. E também a União Europeia está a preparar leis para obrigar os conteúdos ligados ao terrorismo de serem removidos até uma hora após notificação, e a criarem mais mecanismos para evitar a propagação do terror online.