No início de junho, a Zoom voltou a enfrentar uma nova polémica após Eric Yuan, CEO da empresa, ter afirmado que apenas seriam disponibilizadas reuniões encriptadas para quem usasse a versão premium da plataforma. Perante a onda de contestação online, a empresa mudou de ideias e vai passar a encriptar as videoconferências de todos os utilizadores.

Em comunicado, Eric Yuan explica que a nova decisão surge após a empresa ter ouvido o feedback de utilizadores, organizações, peritos de cibersegurança e grupos de ativistas. O CEO afirma que a Zoom identificou “um novo caminho a seguir”, um que conseguirá “equilibrar o legítimo direito à privacidade” com a segurança de todos os que usam a plataforma.

Os utilizadores da versão grátis da Zoom que quiserem proteger as suas conversas com encriptação ponta-a-ponta terão de participar num processo de verificação único, confirmando, por exemplo, o seu número de telemóvel através de SMS. Segundo Eric Yuan, a medida tem como objetivo evitar a utilização abusiva da plataforma.

A empresa elucida ainda que planeia lançar uma versão beta da funcionalidade para todos a partir de julho deste ano. Até lá, as conversas continuarão a ter encriptação AES 256 GCM por predefinição. Além disso, os utilizadores poderão ligar ou desligar a encriptação ponta-a-ponta de acordo com as suas necessidades, pois existem alguns sistemas de hardware que não são compatíveis.

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Recorde-se que, em maio, a Zoom adquiriu a Keybase, uma startup especializada em serviços de comunicação com encriptação ponta-a-ponta como parte do plano de 90 dias que a empresa se comprometeu a cumprir com o objetivo de retificar as falhas de segurança da plataforma. Na altura, a empresa tinha já indicado que as funcionalidades desenvolvidas pela Keybase não estariam disponíveis para quem usa a versão grátis.

Embora tenha visto a sua popularidade aumentar e as suas receitas a ascenderem aos 328 milhões de dólares entre fevereiro e abril deste ano, a Zoom tem vindo a enfrentar vários problemas de segurança: desde ataques de Zoombombing que impediram o funcionamento das aulas à distância a vulnerabilidades que poderão ser aproveitadas por ciberespiões, passando ainda por fugas de informação na Dark Web.

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