
“A revolução digital está aí e os resultados são imparáveis em todos os setores e em todos os modelos de negócio”, defendeu hoje Rogério Carapuça, presidente da APDC na abertura do 28º Congresso da associação que este ano tem como tema a Economia Digital em Portugal 2018 – As tecnologias da transformação digital.
A afirmação é positiva mas vem acompanhada de vários avisos sobre a necessidade de fazer chegar a inovação a todo o país e a todos os sectores, e de haver mais previsibilidade e fundos para apoiar o empreendedorismo e as startups. “A previsibilidade e certeza têm que ser garantidos, assim como um clima de certeza e regulação que seja isenta e que assegure desenvolvimento do sector”, lembrou ainda Rogério Carapuça.
Na sessão de abertura, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, sublinhou que “Portugal está no centro de inovação das empresas tecnológicas. Como o provam muitos projetos em curso, que usam as tendências tecnológicas nas mais variadas áreas”, e destacou o papel do Governo e as várias medidas que têm sido lançadas para apoiar a inovação.
“Temos medidas em todas as áreas, incluindo a regulação, a que temos que estar atentos, assim como as empresas tecnológicas e os empreendedores nacionais”, defendeu o ministro que listou várias iniciativas, como o Tech Visa, que quer facilitar a contratação de quadros altamente qualificados nas tecnológicas portuguesas, ou a isenção fiscal que será garantida às startups que pagarem aos seus trabalhadores com participações no capital.
“Criámos medidas para a formação e qualificação, ao nível do ecossistema, um programa de internacionalização das startups e atrair investidores para elas. E mudar a percepção do país”, remata o ministro da Economia, lembrando ainda a call da Portugal Ventures que vai financiar projectos que tenham viabilidade económica antes de serem formados em empreas, e em que já há mais de 200 candidaturas.
O Congresso da APDC continua a assumir um papel importante no calendário de eventos do sector das telecomunicações e tecnologias da informação, mas esta última área tem ganho cada vez mais espaço no evento promovido anualmente pela associação, reflectindo o impacto que é visível na vida dos cidadãos e empresas.
Os dois dias de debates, e os temas escolhidos, mostram claramente este domínio, mas também o estudo que a APDC hoje anunciou, e que conta com a participação de 95 autores de 27 empresas, mostrando 114 casos de estudo nas áreas de Big Data e Analýtics, Blockchain, Cibersegurança e privacidade, Gamification, IoT, e Realidade Aumentada e Virtual, entre outras. O estudo está a ser distribuído em papel mas estará disponível online no site.
Estes são também temas que atravessam as dezenas de painéis, divididos entre três palcos, e que são complementadas por um espaço de exposição das empresas patrocinadoras, sem faltar lugar para as startups escolhidas mostrarem os seus projectos aos participantes e empresas que passam por estes dias pelo Centro Cultural de Belém.
Hoje ainda haverá lugar para a Digital Rock Stars Party, a festa no terraço do CCB.
A agenda completa pode ser consultada aqui e quem quiser pode acompanhar os debates em streaming, nos três palcos, através dos seguintes links : Grande Auditório; Sala Almada Negreiros e Sala Sophia Mello Breyner.
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