Para Bruno Morais, Country Manager da Oracle Portugal, a transformação digital das empresas é um “tema gasto”, mas é um processo que tem de ser acelerado. A empresa especialista em soluções em TI apresentou na edição de 2019 da IDC Directions as 10 principais previsões para a evolução da digitalização e da Cloud até 2025, assim como os resultados do seu estudo “AI at Work”.
Segundo o Country Manager da empresa, “a IA e segunda geração da cloud vão ser basilares” no processo de digitalização das empresas.
A Oracle acredita que, no que toca à cloud, até 2025 haverá uma substituição a 100% dos centros de dados pela próxima geração da “nuvem”. A empresa prevê também a migração da vasta maioria da carga de trabalho empresarial para esse tipo de do armazenamento. No futuro cerca de 90% das organizações terão uma plataforma de identificação que unirá os ambientes físicos aos virtuais.
Na apresentação da Oracle na IDC Directions, Bruno Morais indicou que a IA é um instrumento que está a causar uma grande transformação na ligação da tecnologia às pessoas, algo que está a acontecer muito rapidamente. Segundo as previsões para 2025 a tecnologia irá duplicar a produtividade das empresas, uma vez que 70% das funções de TI e 85% das interações com clientes vão passar a ser automatizadas.
O estudo “AI at Work” revela que atualmente a IA está a transformar a relação entre trabalhadores e tecnologia, em especial no que se refere ao papel dos departamentos de Recursos Humanos (RH). O relatório da Oracle em parceria com a Future Workspace questionou mais de 8.000 trabalhadores, gestores e diretores de RH em 10 países.
De acordo com dados do estudo cerca de metade da totalidade dos trabalhadores inquiridos indica que está a adotar de forma crescente as tecnologias de IA. A Índia e a China apresentam-se como os países com um maior nível de adoção, rondando os 78% e os 77% respetivamente.
A implementação de IA nas organizações está a ter um impacto na forma como os colaboradores interagem entre si e os seus superiores. Cerca de 64% dos questionados prefere confiar num robot do que no seu chefe. Tal como verificado anteriormente a China e a Índia voltam a liderar a categoria, uma vez que quase 90% dos inquiridos destes países tem mais confiança em autómatos do que nos seus gestores.
A Oracle conclui que para as empresas se manterem competitivas é necessário não que assegurem a implementação da IA, mas também que a simplifiquem. De entre as principais barreiras à utilização da tecnologia no trabalho cerca de 30% dos inquiridos, em especial os Millennials e os jovens da geração Z, apontam preocupações com a segurança e com a privacidade.
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