Entre os meses de Junho e Setembro, o acesso à Internet em Portugal registou uma pequena quebra face ao trimestre de Abril a Junho, segundo o último Bareme Internet da Marktest. Actualmente 36,9 por cento dos portugueses pode aceder à grande rede, comparativamente aos 37,3 que o podiam fazer em Junho. Mas embora o Bareme Internet assinale esta ligeira redução no acesso à Internet por parte dos portugueses, indica por outro lado que agora 23 por cento da população o pode fazer a partir de suas casas, quando no trimestre anterior o acesso à Internet no lar se situava nos 22,3 por cento.



Durante o período de Verão a taxa de utilização da Internet situou-se nos 24,6 por cento, também com uma quebra pouco acentuada face ao trimestre terminado em Junho quando estava nos 24,8 por cento. Mas embora os portugueses tenham navegado menos na Rede, o Bareme Internet indica que a percentagem daqueles que o fazem a partir de suas casas aumentou de 15,2 por cento no segundo trimestre do ano para os 15,5 por cento entre Junho e Setembro.



O facto de se tratar de um período de férias pode ter contribuído para que a utilização da Internet no local de trabalho ou na instituição de ensino diminuísse ligeiramente, situando-se respectivamente nos 8,8 e 6,4 por cento.



Entre os 7,5 por cento dos indivíduos que possuem Internet em casa mas não a utilizam é apontado para tal o desinteresse, a falta de tempo e a dificuldade. Apenas 4,1 por cento da população portuguesa inquirida afirmou já ter efectuado compras através da Internet, sendo os livros e os discos os produtos mais procurados durante tais transacções.



Do último Bareme Internet conclui-se que utilização de computador continua a crescer em Portugal, tendo aumentado dos 40,9 por cento verificado entre o período de Abril a Junho para os 41,3 por cento em Junho, Julho e Setembro.



Os portugueses que costumam aceder à Internet gastam na sua maioria em média entre meia e uma hora a navegarem. O SAPO continua a ser o portal com maior notoriedade entre os inquiridos, reunindo 58,7 por cento das preferências. De seguida surge o Clix e o Altavista com, respectivamente, 31,8 e 23,3 por cento.



Entre a comunidade de internautas portugueses, 16,5 por cento já efectuou compras online de produtos ou serviços, continuando os livros, os CDs ou DVDs e equipamento informático a ser os espécimes preferidos.



O universo do Bareme Internet é constituído pelos Lares de Portugal Continental, que, de acordo com o recenseamento geral da população de 1991, totalizavam 3.018.089. Os resultados apresentados têm por base uma amostra de 3.600 entrevistas telefónicas, distribuída proporcionalmente por região, sexo e idade.



Para a caracterização do consumo individual de Internet, o universo é constituído pelos indivíduos com 15 e mais anos, residentes em Portugal Continental, num total de 7.528.382 indivíduos.



O Bareme Internet é realizado regularmente pela Marktest desde 1996. Desde o segundo trimestre de 2001 o estudo passou a ter uma "distribuição" mensal, em vez da trimestral anteriormente utilizada, baseando-se na recolha de 1.200 novas entrevistas que acumulam com as dos dois meses anteriores. O mês de Agosto não é considerado no presente estudo devido, segundo a Marktest, à sua "atipicidade".



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