Tal como estava previsto, foi assinado no Sábado o pré-acordo de cooperação entre o
Governo português
e o
Massachusetts Institute of Technology
(MIT), o mais prestigiado instituto de investigação do mundo. Segue-se agora uma primeira fase de avaliação das áreas de intervenção, que deverá durar até Julho, durante as quais os técnicos do MIT e as autoridades portuguesas avaliam as áreas estratégicas para desenvolvimento de investigação em Portugal mas também as instituições portuguesas que irão participar.

O governo avançou já que o acordo do MIT irá permitir a sustentação de projectos de grande dimensão em Portugal, como a OTA e o TGV, escreve o Diário Económico. Segundo declarações de Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico, citado pelo mesmo jornal, “haverá uma grande confluência entre as competências do MIT e as necessidades do país na área da logística dos transportes, sector onde precisamos de ser muito competitivos”.

Segundo informação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “o MIT analisará a possibilidade de desenvolver iniciativas de investigação e formação avançada em sistemas de base tecnológica envolvendo áreas de engenharia e de gestão em aspectos multidisciplinares de interesse relevante para ambas as partes”.

Entre os tópicos com “especial atenção” contam-se a inovação na industria de produção, incluindo a gestão das cadeias de fornecedores em sectores como os da indústria automóvel e aeronáutica; os sistemas de energia, incluindo as energias renováveis e dando especial ênfase à integração de sistemas distribuídos de produção de energia e a questões ambientais; e ainda os sistemas de transportes, incluindo o projecto e gestão de infra-estruturas aeroportuárias e de redes ferroviárias, bem como de sistemas inteligentes de transporte.

O trabalho de prospecção que será desenvolvido nos próximos cinco meses será liderado pela Engineering Systems Division, envolvendo também a Sloan School of Management e outras do Instituto norte-americano, sempre que necessário, diz um comunicado do MCTES.

O primeiro ministro José Sócrates destacou na sua intervenção que "a cultura do MIT está muito ligado à aplicação do conhecimento", sendo esta apontada como a principal razão, a par da reconhecida distinção internacional, que levou a que fosse este o primeiro organismo internacional escolhido pelo Governo para este género de parceria, escreve a Agência Lusa.

Na cerimónia de assinatura do acordo, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, estiveram presentes o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, José Sócrates e o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.

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