(Actualizada) A Administração da Portugal Telecom reúne hoje, às 11 horas, para tomar uma decisão sobre a oferta da Telefónica para adquirir a sua posição na Vivo, a joint venture a actuar no mercado móvel brasileiro.

A Telefónica já avisou que a oferta de 7,15 mil milhões de euros só é válida até amanhã, 16 de Julho, o que coloca maior pressão na administração da operadora nacional, sobretudo pela falta de consenso entre os accionistas relativamente à decisão a tomar.

O chumbo do Governo à OPA lançada pela Telefónica, com recurso à Golden Share, pode ser um dos problemas a dirimir, mas o Jornal de Negócios adianta na edição de hoje que a Administração da PT solicitou pareceres jurídicos que protegem a sua posição. Recorde-se que o Tribunal Europeu tinha dado, na semana passada, razão à Comissão Europeia que se opõe à detenção de poderes especiais do Governo na PT.

Na assembleia geral convocada pela PT para que os accionistas decidissem sobre o negócio, mais de 70% votaram de forma favorável ao negócio, concordando com o último preço oferecido pela Telefónica, mas o chumbo do Governo impediu o avanço da aquisição.

Na última semana as negociações com a Telefónica para a resolução do conflito de interesses entre os dois sócios intensificaram-se, depois de as administrações das duas gigantes terem estado de costas voltadas durante grande parte do processo.

Têm sido avançadas várias soluções possíveis para a Vivo, incluindo a possibilidade da PT só vender um terço da sua posição, optando depois por vender ou não o resto, mas algumas hipóteses mais radicais, como a dissolução da Brasilcel - a empresa que constitui a Vivo e agrega as participações da Telefónica e a PT.

Serão estas diferentes alternativas que estarão em cima da mesa na reunião da Administração, assim como os pareceres jurídicos e a avaliação das opções possíveis.

Nota da Redacção: A reunião terminou sem que a Administração da PT tomasse qualquer decisão sobre o negócio. Há a possibilidade da reunião continuar aamnhã, data em que termina o prazo da OPA.