"É um programa de acção inserido no Plano Tecnológico", explicava esta manhã Carlos Zorrinho, secretário de Estado da energia e inovação, no evento organizado pelo Governo para apresentar a nova Agenda Digital.



O pacote de 26 medidas propõe linhas de acção em cinco áreas estratégicas com o objectivo comum de tirar partido das infra-estruturas tecnológicas de nova geração que estão a nascer no país - num investimento de 2,5 mil milhões de euros até 2012, segundo o Governo - e modernizar serviços.



Redes de nova geração; melhor governação; educação de excelência; saúde de proximidade e mobilidade inteligente são as áreas que vão dividir as medidas alinhadas pelo Governo e que, durante o período de vigência do plano, podem ser alteradas ou acrescentadas, frisou o responsável apelando a novos contributos.



Nas diversas áreas incluem-se medidas como o Licenciamento Zero, a criação de um Tutor Virtual de Matemática, Registo de Saúde Electrónico para todos os portugueses; prestação de cuidados de Telesaude para idosos e doentes crónicos, ou a integração de todo o sistema intermodal nos transportes.



Os diversos objectivos alinham com uma das principais metas do eixo de acção dedicado às redes de nova geração: levar a banda larga de alto débito a 100 por cento dos portugueses até 2015.



A assegurar o cumprimento desta meta estarão os projectos dos vários operadores privados e as redes que estão a ser criadas nas zonas rurais do país, para fornecer serviços onde os operadores não encontram potencial de mercado, que justifique o investimento privado.



No total está em causa um investimento de 2,5 mil milhões de euros, embora ao Estado caibam pouco mais de 100 milhões, aplicados ao desenvolvimento das redes rurais, que em termos globais representam um investimento de 200 milhões. No que se refere ao investimento privado foram apontados mais alguns números. O mais significativo é 1,1 mil milhões de euros e vai para a instalação das novas redes de fibra.




Carlos Zorrinho disse ainda durante a apresentação, onde também falaram José Sócrates e o ministro da Economia, Vieira da Silva, que em 2015 as previsões do Governo apontam para que o peso dos sectores ligados às Tecnologias da Informação e Comunicação no PIB aumente para os 10 por cento (hoje pesam menos de 8 por cento), também tirando partido da concretização destas diversas metas. Pela mesma altura, o responsável acredita que estarão criados 12 agrupamentos ou consórcios de empresas com projecção internacional, a tirar partido do desenvolvimento das redes de nova geração e dos serviços que estas potenciam.



A partir do ano cruzeiro (2013), espera-se ainda que a dinâmica gerada pelos investimentos em infra-estruturas e serviços associados às redes de nova geração vai permitir um crescimento anual das receitas associadas na ordem dos 3 mil milhões de euros e gerar um potencial de criação de 20 mil novos empregos qualificados. Para o ambiente, a poupança estimada é de 1,4 milhões de toneladas de emissões de CO2, consequência de mais serviços electrónicos e de serviços mais eficientes.

Cristina A. Ferreira

Não perca as principais novidades do mundo da tecnologia!

Subscreva a newsletter do SAPO Tek.

As novidades de todos os gadgets, jogos e aplicações!

Ative as notificações do SAPO Tek.

Newton, se pudesse, seguiria.

Siga o SAPO Tek nas redes sociais. Use a #SAPOtek nas suas publicações.