Ainda há poucos dias se falava sobre o facto de a Amazon ter acabado 2016 com uma força laboral constituída por 45.000 robots, que “patrulham” os seus vários armazéns e automatizam os processos relacionados com logística.

Agora, um dos maiores nomes do comércio eletrónico a nível mundial anuncia que, ao longo dos próximos 18 meses, pretende contratar até 100.000 novos funcionários, preenchendo posições permanentes e a tempo-inteiro em todos os departamentos, desde o desenvolvimento de software até à logística de armazenamento.

De acordo com informações avançadas pela Reuters, este recrutamento em massa vai aumentar o número de funcionários da Amazon em 50%, para mais de 280.000. Além disso, é referido o facto de esta tática fazer do colosso do eCommerce a mais recente empresa a promover a empregabilidade nos Estados Unidos.

A agência noticiosa britânica sugere que pode existir uma ligação, ainda que indireta, entre o Presidente-eleito norte-americano e a abertura destas posições, acrescentado que Donald Trump havia referido que fazia tenções de ser o maior criador de empregos que alguma vez existiu.

A verificar-se que há realmente uma correlação entre estes dois elementos, não surgirá como caso inédito, visto que ainda este mês a Ford retraiu os seus planos para construir uma central de produção no México, num projeto que ficou avaliado em 1,6 mil milhões de dólares.

Tendo em consideração a declarada aversão de Trump face ao país vizinho, bem como as suas inclinações protecionistas, é provável que as empresas multinacionais estejam a procurar “cair nas boas graças” daquele que dentro de poucos dias será o mais recente inquilino da Casa Branca, e demostrar que estão a fazer por empregar a população norte-americana.