Em declarações à Lusa, Florêncio de Almeida, presidente da ANTRAL, garantiu mais uma vez que a associação vai usar "todos os meios e todas as armas" ao seu alcance para fazer cumprir a decisão do Tribunal da Comarca de Lisboa, que no final de abril determinou o bloqueio dos serviços da Uber.



Com esse objetivo, a instituição tem uma nova medida em vista e prepara-se para avançar com um processo-crime contra Rui Bento, que acusa de prestar falsas declarações sobre a atividade da Uber em Portugal.



"Tudo aquilo que argumentam é falso, por isso vamos mover um processo-crime contra o senhor Rui Bento pelas afirmações que tem proferido e, no fundo, é ele o representante em Portugal. É ele que tem de responder por tudo aquilo que se está a passar", disse à agência o presidente da ANTRAL.



No final do mês passado o tribunal aceitou uma providência cautelar apresentada pela associação que pedida a suspensão da aplicação e do serviço de transporte associado. Deu ordem para que este deixasse de funcionar mas não chegou a ser cumprida e a app da Uber continua online, a juntar passageiros e motoristas.



Rui Bento entretanto publicou uma posição online, na página da Uber. Primeiro garantindo que a empresa ainda não tinha sido notificada da decisão, depois admitindo que já conhecia a decisão da justiça e avançando que a defesa para a contestar ia ser apresentada, mostrando-se confiante de que a empresa continuaria a operar no país.



A ANTRAL garante agora que a contestação da empresa não traz novidades e escusa-se em questões jurídicas (sobre a sede fiscal da companhia, por exemplo) que não fazem sentido. O responsável europeu também já tinha lançado acusações à ANTRAL, considerando que a associação manipulou o caso e ameaçando com uma queixa em Bruxelas.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico