A Apple está a ser acusada de violação direitos de autor na China, reporta hoje a imprensa internacional. O processo foi movido por uma fabricante local de ecrãs de computador, que alega ser detentora dos direitos sobre o nome iPad no país.

A Proview Technology terá registado a marca iPad em Janeiro de 2000 e ainda detém os direitos sobre a sua utilização na China, relata a Agência France Press com base nos meios de comunicação locais, que alegam ter tido acesso aos arquivos estatais que provam o registo.

A notícia vem a público cerca de um mês depois da Apple ter dado início à comercialização do tablet no mercado chinês.

Na acção intentada em tribunal por um dos accionistas da Proview Technology é pedido que a Apple "suspenda imediatamente" as actividades lesivas dos direitos da fabricante chinesa e inicie um processo de negociações com a mesma.

Li Su, citado pela comunicação local, terá ainda ameaçado que se as exigências não fossem atendidas, iria solicitar junto das autoridades medidas como a apreensão dos produtos da Apple.

De acordo com a mesma fonte, as empresas teriam já mantido conversações anteriormente no sentido transferir os direitos sobre a marca, mas as negociações revelaram-se infrutíferas, não se tendo chegado a qualquer acordo. Segundo o accionista, o preço "razoável" da marca situa-se agora nos 800 milhões de dólares.

Por sua vez, o presidente da Proview Technology, Yang Rongshan, classificou de "ilegal" e "arrogante" a decisão da Apple de começar a vender o iPad sem um acordo prévio com a sua empresa.

Alegadamente, a Apple teria já, em Maio, intentado em Maio um processo onde pedia ao tribunal que impedisse a empresa chinesa de transferir ou vender a marca iPad a terceiros.

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