Desde que agarrou a liderança do mercado dos wearables, a Apple tem vindo a “cavar um fosso” entre os seus concorrentes e a conquistar mais quota do mercado. E o primeiro trimestre de 2020 foi muito positivo para a fabricante, que colocou nas prateleiras cerca de 21,2 milhões de unidades, segundo o mais recente relatório da IDC. Esse número representa 29,3% da sua fatia do bolo.
Quando comparado com o mesmo período do ano passado, foram disponibilizados mais 13,3 milhões unidades de equipamentos vestíveis, o que representa um crescimento de 59,9% face a 2019. No entanto, devido às dificuldades na cadeia de produção e distribuição por causa da COVID-19, as entregas dos Apple Watch diminuíram, sendo compensados pela boa performance dos produtos Beats e linha de auriculares Airpods.
A nível geral, houve um crescimento de 29,7% na distribuição global de wearables durante o primeiro trimestre de 2020, representando um volume de 72,6 milhões de unidades. O crescimento das categorias pulseiras inteligentes (wristband) e hearables conseguiram equilibrar as quebras dos smartwatchs. As pulseiras cresceram 16,2% durante o trimestre, enquanto que os produtos hearables dispararam 68,3%, levando a categoria a “carregar às costas” todo o mercado, representando 54,9% da totalidade.
O especialista da IDC, Jitesh Ubrani refere que a resiliência do segmento dos hearables deveu-se não só ao fator de entretenimento para ouvir música, mas sobretudo para ajudar na produtividade, sendo utilizados no teletrabalho, cancelando o barulho em redor.
Seguindo-se à Apple surge a Xiaomi, com 10,1 milhões de unidades, representando 14% do mercado, num crescimento de 56,4% face a 2019. A Samsung surge em terceiro, mas foi a que mais cresceu, 71,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Distribuiu 8,6 milhões de equipamentos, detendo agora 11,9% do mercado. No pódio do Top 5 surgem ainda a Huawei e a Fitbit, esta última a registar uma quebra de 26,1% face ao ano passado.
Já os smartwatchs em concreto, apesar da Apple continuar a dominar o mercado, com o lançamento de 4,5 milhões de unidades no mercado e uma fatia de 26,8%, viu uma quebra de 2,2% face ao ano passado. A Huawei surge em segundo lugar e viu os seus relógios inteligentes dispararem 118,5% face ao período homólogo de 2019, ainda que não tenha chegado para fazer sombra à sua rival americana. Lançou no mercado 2,6 milhões de unidades e tem uma quota de mercado de 15,2%. Também a Samsung quebrou 7,2%, mantendo-se à frente da Garnin por uma margem reduzida.
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