A Apple já tem um parceiro para poder lançar os serviços de inteligência artificial que disponibiliza com as versões mais recentes do iPhone e do iOS na China. A Apple Intelligence ainda não estava disponível para os clientes da empresa na China, porque o governo chinês obriga as empresas que queiram lançar este tipo de serviços no país, a terem um parceiro local.

A Apple aparentemente já escolheu o seu e vai ser a Alibaba. A informação está a ser avançada pelo site The Information, segundo o qual as duas companhias já terão mesmo submetido as primeiras funcionalidades desenvolvidas em conjunto à aprovação regulatória local.

O site também indica que a Apple já tinha estudado outras possíveis parcerias, incluindo com a Tencent, ByteDance e DeepSeek e que chegou mesmo a trabalhar com a Baidu, para o mesmo fim. Esta parceria com a Baidu acabou por não correr bem, alegadamente porque a Apple não estava satisfeita com os modelos que a tecnológica desenvolveu para a Apple Intelligence.

No último ano, a Apple tem perdido terreno na China, um dos seus principais mercados. A concorrência crescente de players locais, como a Huawei que praticamente renasceu das cinzas para contornar os bloqueios americanos, é uma das grandes razões para isso, mas não é a única.

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A empresa também tem sofrido com as sanções chinesas que respondem às medidas políticas americanas e tem sido impedida de disponibilizar a maior inovação dos seus lançamentos mais recentes, por causa das condições regulatórias impostas.

A parceria com a gigante do comércio eletrónico Alibaba vai ajudar a resolver pelo menos parte do problema, devolvendo ao iPhone todos os argumentos que tem para competir com a concorrência.

Recorde-se que em 2024, a Apple perdeu a liderança de vendas no mercado chinês, vendo a sua quota recuar 17%. A Vivo e a Huawei conseguiram “passar à frente” da Apple no ranking de vendas local. A Apple perdeu quota em todos os trimestres, especialmente no último, em que o número de equipamentos enviados pela marca para as lojas caiu 25%. No mesmo trimestre, os envios assegurados pela concorrente Huawei aumentaram 24%, de acordo com dados da Canalys.