Tim Cook, atual CEO da Apple, enviou, esta quarta-feira, uma carta aos investidores da empresa norte-americana, onde discorre sobre a possível quebra que as receitas da tecnológica poderão registar já no primeiro trimestre do ano. O responsável justifica a estimativa com a baixa procura pelos novos modelos de iPhone.
Cook explica que, na China, as vendas estão consideravelmente abaixo do esperado, embora existam outros "mercados desenvolvidos em que os clientes atuais não estão a atualizar a sua versão de iPhone como tinha sido previsto".
Na mensagem, Cook sublinha ainda que este fenómeno pode dever-se a uma série de razões, como a data de lançamento do iPhone XS e do XS Max, que chegaram ao mercado numa fase mais prematura do ano; a força do dólar; problemas de fornecimento, que se devem ao facto de a empresa ter lançado vários produtos de uma só vez; e fragilidades económicas em alguns mercados, que impactam diretamente no poder de compra dos consumidores. Contudo, e apesar de todas as explicações mencionadas, o problema base é apenas um: as pessoas não estão a comprar tantos iPhones quanto a Apple esperava.
Em consequência, a Apple reviu em baixa as estimativas de receita que tinha apontado para o primeiro trimestre de 2019. A nova previsão obrigou a uma edição do guia de investimento, que contempla agora uma receita para janeiro, fevereiro e março, 9 mil milhões abaixo do inicialmente esperado. Poucas horas depois do anúncio, as ações da Apple caíram cerca de 10%.
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