Durante o ano que passou as empresas gastaram cerca de 1,1 biliões (cerca de 880 mil milhões de euros) com a informação armazenada digitalmente, que rondou os 2,2 zettabytes, conclui o primeiro relatório sobre o Estado da Informação, publicado pela Symantec.

Da informação confidencial de clientes à propriedade intelectual ou transações financeiras, as empresas e organizações dispõem de grandes quantidades de informação que lhes permitem serem competitivas e eficientes e manterem-se no negócio, mas isso acarta custos e riscos - que a análise procura dar a conhecer.

De acordo com os números agora divulgados, uma PME armazena, em média, 536 terabytes de dados, enquanto numa organização de grandes dimensões o valor sobe para os 100.000 terabytes. As previsões são, em ambos os casos, de crescimento.

As previsões dos analistas apontam para um crescimento de 178% no volume de dados armazenados pelas Pequenas e Médias Empresas e um aumento de 67% no caso de companhias maiores.

O estudo, que incidiu sobre 4.506 organizações em 38 países, revelou que as estruturas necessárias ao armazenamento destes dados custam, em média, a uma grande empresa 38 milhões de dólares por ano. Uma PME gasta cerca de 332 mil dólares.

Mas haverá muito desperdício de recursos na forma como estes dados são geridos: as empresas inquiridas acreditam que, pelo menos, 42% da informação que guardam se encontra duplicada.

A segurança é uma das principais preocupações. E parece ser justificada. Em 2011, 69% das empresas "experienciaram alguma forma de perda de informação", conclui a análise. Os motivos apontados vão dos erros humanos, às falhas de hardware, vulnerabilidades de segurança ou perda e roubo de equipamentos.

Como consequência destas perdas de informação no seu negócio, os responsáveis temem sobretudo perder clientes (49%), danificar a sua reputação e marca (47%), ver descer as receitas (41%), aumentar as despesas (39%) ou ver cair o valor das suas ações (20%).

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes