A BlackBerry está em fase de reestruturação e está a estudar várias hipóteses para o futuro da empresa - entre as quais está a possibilidade de venda. Mas os relatos mais recentes dão conta de um outro passo estratégico que a tecnológica canadiana pode adotar: tornar o BlackBerry Messenger uma empresa à parte.

A informação é avançada pelo The Wall Street Journal (WSJ) que cita fontes anónimas com conhecimentos de causa. A ideia de fazer evoluir uma aplicação de mensagens para uma subsidiária que até já terá nome - BBM Inc. - pode ter vantagens e desvantagens para a empresa liderada por Thorsten Heins.

A criação de um spin-off permitiria à BlackBerry explorar financeiramente um dos seus ativos mais valiosos. O BBM deve chegar aos sistemas operativos iOS e Android até ao final de setembro, o que fará aumentar o valor do software. Esta seria também uma forma de aliciar compradores para a empresa principal, mostrando que a tecnológica tem produtos rentáveis.

Por outro lado, nada garante que o BlackBerry Messenger vá ter sucesso nos ecossistemas rivais. Assim, a BBM Inc. poderia rapidamente entrar em falência ou ser integrada de novo no grupo tecnológico canadiano.

O relato do WSJ diz ainda que a BlackBerry já tinha desenvolvido versões multiplataforma do BBM há três anos, que incluía inclusive uma versão para computadores. A empresa terá preferido não fazer o lançamento e viu novos concorrentes de peso surgirem como o Skype, WhatsApp, iMessage, Hangouts, Viber e Facebook Messenger.

O BlackBerry Messenger tem evoluído nos últimos anos para dar resposta ao aparecimento de novas aplicações de messaging e já permite fazer videochamadas e partilha de ecrã do telemóvel - funcionalidades disponíveis para os utilizadores do BlackBerry 10.

Os BBM Channels, uma forma de interação semelhante ao Twitter onde marcas e personalidades podem ter uma ligação mais direta aos utilizadores, é uma funcionalidade que está prevista e pode contribuir para o crescimento dos 60 milhões de utilizadores que a aplicação tem atualmente.


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