Nvidia destrona Microsoft e Apple para voltar a liderar a lista de empresas mais valiosas

A Nvidia voltou a subir ao topo da tabela das empresas mais valiosas. Esta quarta-feira, dia 25 de junho, o valor das ações da tecnológica subiu acima dos 4%, alcançando máximos históricos pela primeira vez desde janeiro.

Flickr | NVIDIA Corporation

Ontem, ao final do dia, as ações da Nvidia valiam 154,31 dólares, superando o anterior recorde de 149,43 dólares alcançado no início do ano. Ao todo, a Nvidia vale agora 3,77 biliões de dólares, posicionando-se à frente da Microsoft e da Apple na lista das empresas mais valiosas.

A valorização foi impulsionada pelas declarações de Jensen Huang, CEO da Nvidia, durante a reunião anual de investidores da tecnológica, avança o website Business Insider.

“Temos várias oportunidades de crescimento em toda a empresa, com a IA e a robótica a apresentarem-se como as duas maiores”, realçou o responsável. Segundo Jensen Huang, estas duas áreas “representam uma oportunidade de crescimento de vários biliões de dólares”.

De acordo com o CEO da Nvidia, os veículos autónomos são uma das grandes apostas da empresa. Na sua visão, a plataforma Nvidia Drive está a impulsionar a transição para uma nova geração de veículos mais digitais, fornecendo a capacidade de computação necessária para avançar com novas funcionalidades de condução autónoma.

As declarações de Jensen Huang ajudaram também a dissipar algumas das preocupações dos investidores em relação a limitações nas vendas para a China devido às restrições impostas pelo governo de Donald Trump.

No mês passado, as expectativas da Nvidia eram menos otimistas, com a empresa a prever perdas de cerca de 8 mil milhões de dólares nas receitas do segundo trimestre, motivadas pelas quebras na venda de chips H20.

Recorde-se que, com o regresso de Donald Trump à Casa Branca, os Estados Unidos passaram a exigir uma licença de exportação para os chips H20 da Nvidia, submetendo a tecnologia a autorizações do governo por alegados riscos à segurança nacional.

Na última apresentação de resultados da Nvidia, Jensen Huang defendeu novamente que as restrições na exportação foram “um fracasso”. No último ano fiscal, a tecnológica registou receitas oriundas da China na ordem dos 17,1 mil milhões de dólares, equivalente a 13,1% da sua faturação total, num aumento de 66% em comparação com o ano anterior.