A Capgemini como empresa de outsourcing sabe que os clientes vão tendo novas necessidades de performance a nível dos serviços e ferramentas contratadas. Evoluir por etapas os sistemas já subscritos é um processo moroso e que exige investimento regular. Ter tudo concentrado, hardware e base de dados, é uma vantagem que os Exadata garantem à partida.

Para clientes com mais "fome" e necessidade de desempenho a empresa já encaminhava para esta arquitetura. Mas vender um produto sem o demonstrar era uma estratégia incompleta. Por esta razão é que a Capgemini se juntou à Oracle, responsável pela arquitetura Exadata, para promover uma demonstração das potencialidades do equipamento como servidor de base de dados.

O vice-presidente da Capgemini, Jorge Martins, revelou que nas últimas semanas as duas empresas fizeram uma dezena de apresentações a potenciais clientes e já estão marcadas outras cinco para janeiro. O Exadata em "exibição" está no centro de dados da Oni em Lisboa.

A ideia passa não por tentar vender a "máquina", mas sim por mostrar aos clientes que uma otimização de infraestrutura vai gerar valor a médio prazo e justificar o investimento feito na mudança de servidores. Os Exadata de gama mais baixa começam nos 250 mil euros.

Numa demonstração feita à imprensa, uma base de dados no Exadata da Oracle - e sem otimização, segundo os responsáveis - conseguiu ser entre 8 a 12 vezes mais rápida na agregação de resultados do que uma base de dados concorrente.

São vários os setores que podem tirar partido de um equipamento ao estilo do Exadata - sistemas de contas, retalho e administração pública por exemplo. O sector público foi mesmo identificado como um dos principais targets desta solução, sendo que algumas entidades, como a Autoridade Tributária, já funcionam nesta tecnologia.

Atualmente já existem cerca de três dezenas de entidades em Portugal que estão a operar numa infraestrutura Exadata da Oracle, que vai na sua versão X-4.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico