A Comissão Europeia estará a preparar um pacote de medidas contra as alegadas políticas anti-concorrenciais da Intel. A informação é avançada na edição de hoje do Financial Times Deutschland, que terá tido acesso a pormenores da decisão, a ser conhecida durante o verão.



Segundo o jornal, a investigação que a CE tem vindo a realizar às políticas de relacionamento da fabricante de chips com os fabricantes de PCs terá concluído que existe fundamento para a aplicação de medidas correctivas.



A decisão europeia irá impedir a fabricante americana de manter políticas de desconto de preços nos processadores para os fabricantes de PCs e os apoios financeiros que habitualmente a empresa concede para apoiar acções de marketing associadas à venda de produtos suportados nos seus processadores.



A investigação às práticas comerciais da Intel dura há vários anos mas até agora não tinha produzido quaisquer resultados. A concorrente AMD tem sido a mais proactiva nos pedidos de investigação às autoridades, por considerar que as facilidades concedidas pela Intel aos fabricantes são um entrave à concorrência e à livre escolha por parte destes parceiros de negócio.



Em meados do ano passado a CE considerou existirem fortes indícios de violações a príncipios básicos da concorrência. Um deles relaciona-se com a prática de descontos substanciais a diversos fabricantes de equipamentos para que estes comprem os seus CPUs, outro com a venda de CPUs a preços demasiado baixos para a média e outro ainda com a intervenção directa no cancelamento de contratos com a AMD.



A Intel já reagiu à notícia, garantindo que não tem conhecimento de qualquer decisão europeia. Chuck Mulloy, responsável de assuntos legais da empresa garante que a companhia continua a trabalhar com a CE para provar que as suas "práticas de negócio funcionam bem sem medidas legais".



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