Seja em casa, na estrada, no trabalho, no hospital, ou até no Espaço, a Bosch está a desenvolver tecnologias que querem melhorar o dia-a-dia e na CES 2022, a tecnológica alemã deu a conhecer mais sobre as inovações que tem vindo a fazer, assim como sobre algumas das novas áreas de negócio onde pretende apostar no futuro.
Tanja Rückert, Chief Digital Officer da Bosch sublinha que para que seja possível fazer a diferença na vida das pessoas é necessário compreender quais são as suas necessidades, assim como as suas perceções em relação à tecnologia, motivo pelo qual a tecnológica levou a cabo o estudo Bosch Tech Compass.
De acordo com os dados do estudo levado a cabo em cinco países (China, Índia, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, 72% dos inquiridos acreditam que o progresso tecnológico está a tornar o mundo melhor e 76% acreditam que a tecnologia é uma “chave” importante para combater as alterações climáticas.
Clique nas imagens para mais detalhes sobre o estudo Bosch Tech Compass
A inteligência artificial e o 5G são vistas pelos inquiridos como as duas tecnologias que vão marcar o futuro. De acordo com Tanja Rückert, a Bosch está a digitalizar sistematicamente o seu “core business” de modo a impulsionar os benefícios para os seus clientes. “No futuro, pretendemos transformar a venda de cada produto digital numa receita também com base em serviços”.
Neste contexto, a combinação entre inteligência artificial e IoT assume um papel de relevo, dando também à empresa capacidade de desenvolver novos modelos de negócio, assim como produtos e soluções que trazem mais valor para os consumidores, defende a responsável. Como explica, até 2025, todos os produtos da Bosch terão inteligência artificial, ou desenvolvidos através de métodos que recorrem a esta tecnologia.
Nas conclusões do estudo apresentado durante a CES 2022, a conectividade é vista como fundamental, porém é necessário ganhar a confiança das pessoas para que haja progresso. Quatro em cada cinco inquiridos acreditam que o sucesso de uma empresa passa por ganhar a confiança digital do seu público.
Tendo em mente as preocupações em torno na confiança, a Bosch lançou um código de ética para a inteligência artificial, com o qual pretende contribuir para um debate mais alargado acerca da temática.
83% dos inquiridos do Bosch Tech Compass acreditam que o progresso tecnológico não deve ser guiado pelos interesses das empresas em obter mais lucros, mas sim pela vontade de encontrar uma resposta para os desafios da sociedade.
Entre as tecnologias que estão a ser desenvolvidas pela Bosch e que pretendem fazer a diferença destacam-se duas inovações. A primeira toma por base o sistema de sensores SoundSee, que combina inteligência artificial e conectividade e que está a ser utilizado na Estação Espacial Internacional desde 2019.
Em colaboração com a norte-americana Highmark, a empresa está a usar implementar a tecnologia em novas ferramentas de diagnóstico na área da medicina pediátrica. Os sensores estão a ser adaptados de modo a permitirem detetar condições pulmonárias, como asma, em crianças ao ouvir os seus padrões respiratórios.
A segunda inovação passa pelo novo sensor de gás da Bosch, que através de inteligência artificial, promete ajudar a proteger os humanos e a Natureza. A tecnologia faz parte do Silvanet Wildfire Sensor da Dryad, que pode ser descrito como uma espécie de “nariz” digital que ajuda a detetar incêndios florestais desde o início.
Os sensores são colocados em árvores, onde monitorizam continuamente o microclima local para detetar incêndios e para notificar as autoridades locais. Além de protegerem contra a devastação causada pelo fogo, os sensores permitem reduzir as emissões globais de carbono dos incêndios florestais.
Olhando para o desenvolvimento de software, uma área onde pretende expandir a sua experiência, a Bosch indica que investe um total de mais de quatro mil milhões de euros todos os anos, com cerca de três mil milhões dos quais a irem para o negócio de mobilidade.
Para moldar o futuro da mobilidade definido por software, a Bosch vai também reunir numa unidade as atividades de desenvolvimento de software de aplicação independente, já a partir de meados de 2022. A condução conectada e autónoma é uma das áreas onde a empresa tem vindo a fazer progressos, tendo gerado cerca de nove mil milhões de euros em vendas apenas com sistemas de assistência ao condutor e os sensores associados nos últimos cinco anos.
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