O comércio electrónico começa a dar "sinais de vida" em algumas das economias emergentes do mundo. Segundo um estudo da United Nations Conference on Trade and Development (Unctad), Governos e empresas num número crescente de nações em vias de desenvolvimento já começaram a construir a infra-estrutura necessária para o comércio online.
"Os governos estão cada vez mais conscientes de que o comércio electrónico pode ser uma real ajuda à sua economia", afirmou Angel Gonzalez-Sanz, economista da Unctad, em declarações ao New York Times. "Estão a começar a reconhecer que as políticas escolhidas fazem diferença. Quando à partida consideramos problemas como a infra-estrutura ou a falta de consciencialização, os resultados surgem".
A Tailândia, por exemplo, está a começar a ver os resultados de uma estratégia governamental que se iniciou em 1996 e que foi actualizada em 2002, referiu Angel Gonzalez-Sanz que explicou que mediante o plano, a nação conseguiu melhorar a literacia Internet e computacional vendendo computadores pessoais a 250 dólares e portáteis a 500 dólares aos seus cidadãos e ligando milhares de escolas à Internet nos últimos dois anos, entre outras iniciativas. O mesmo governo também implementou dois pontos de switching Internet nacionais e criou um plano para fornecimento de serviços Internet em todo o país.
O Unctad garante que os resultados iniciais para o comércio online na Tailândia são modestos mas promissores. De 2000 a 2001, o último período para o qual havia dados disponíveis, a quota de sites tailandeses que vendia os seus bens ou serviços através da Internet duplicou para 12 por cento. A proporção de internautas tailandeses que vive fora de Bangkok, a capital, melhorou significativamente, alcançando os 50 por cento no ano passado.
No Sudeste Asiático, entre outras regiões, "as empresas têm sido pressionadas pelo mercado para se apresentarem na Internet", justificou Angel Gonzalez-Sanz. Isso é particularmente verdade, acrescentou, com as empresas que exportam bens para países onde uma parte significativa do negócio é conduzida através da Internet.
Mas, segundo Angel Gonzalez-Sanz, nem todos os países em vias de desenvolvimento seguiram esse caminho. "Alguns países ainda têm problemas em identificar os benefícios do comércio electrónico [...] nos locais cuja economia seja maioritariamente a exportação de bens agrícolas, por exemplo, não existe essa pressão".
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