Após uma reunião com a administração da Portugal Telecom, a Comissão de Trabalhadores da empresa emitiu um documento onde pede que o Estado rejeite a OPA justificando que esta acarreta consequências negativas para o país, uma vez que "qualquer projecto de desmembramento da Portugal Telecom prejudica o interesse nacional", escreve o Jornal de Negócios citando o comunicado.



No mesmo documento é pedido que o Estado se faça valer dos seus poderes junto da PT para rejeitar as más opções da actual administração da empresa, no que diz respeito ao aumento da remuneração accionista, e a reencaminhe para "uma política que privilegie o investimento produtivo, a inovação, a qualidade e relações laborais que respeitem os direitos e os interesses dos trabalhadores".



No mesmo dia foi conhecido um estudo publicado pela Autoridade da Concorrência que aponta para uma taxa de ineficiência na PT da ordem dos 36,33 por cento. Isto significa que em cada três euros investidos pela empresa 1,089 euros são desperdiçados, divulga o Jornal de Negócios.



No processo da OPA, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários já terá instaurado uma queixa-crime contra o autor das afirmações que insinuavam parcialidade do regulador dos mercados na condução do processo da oferta pública de aquisição sobre a PT. As afirmações em questão foram da responsabilidade de Henrique Granadeiro e surgiram depois da autoridade se ter negado a publicar um estudo encomendado pela Sonaecom que alegadamente demonstrado que o défice do fundo de pensões da PT é de três mil milhões de euros e não dois mil milhões, como defende a administração da empresa.

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