A empresa norte-americana tem agora até ao próximo dia 17 de agosto para apresentar a sua defesa e detalhar os argumentos que possam contrapor as acusações da CE.

O adiamento do prazo concedido à Google para responder às acusações foi obtido pela Reuters pela empresa e pela própria Comissão Europeia, embora nenhuma das duas entidades tivesse informado qual a data limite anteriormente prevista. A Reuters cita fontes próximas ao processo para dizer que o prazo terminava a 7 de julho.

A agência terá tido acesso ao processo onde são identificadas infrações à legislação europeia da concorrência em 12 países desde 2007. Portugal não está na lista.

Segundo o documento, uma eventual multa à Google será calculada em função das receitas obtidas pela empresa através do Adwords na Europa e do serviço que permite comparar preços em lojas online (Google Shooping), onde a CE suspeita de manipulação nos resultados da pesquisa.

A investigação europeia à Google é antiga e até já mereceu algumas propostas da empresa para alterar aspetos criticados pelas autoridades europeias, mas nunca chegou a ser possível conciliar a abertura da empresa para fazer alterações com os desejos do regulador e o caso acabou por nunca ser resolvido por Joaquin Almunia, o anterior comissário da concorrência. A sua sucessora retomou o processo e transformou-o numa prioridade.