A Google comprou recentemente a Waze, uma startup israelita especializada em serviços de geolocalização colaborativos, e o negócio pode vir a ser analisado pela Comissão Federal do Comércio norte-americana (FTC). Em causa está o fortalecimento de posição dominante do Google Maps com a aquisição de um serviço rival.

O The Wall Street Journal escreve que a FTC terá pedido à Google para não integrar o Waze no Maps, até que a revisão do processo esteja concluída. A gigante dos motores de busca já confirmou que foi contactada pelos advogados do regulador norte-americano sobre o negócio, mas não fez nenhum comentário à possível investigação anticoncorrencial.

O mesmo jornal diz ainda que é pouco provável que a FTC impeça o negócio, muito por causa das baixas receitas do Waze que não colocam em causa o cenário de negócio que prejudica a livre concorrência do mercado.

Para haver uma acusação antitrust, a Comissão Federal do Comércio norte-americana teria que encontrar provas de que o Waze poderia vir a ser um concorrente direto do Google Maps ou de que a compra foi feita apenas para impedir que outras empresas fizessem a aquisição, como a Apple e o Facebook que também estavam alegadamente interessados.

O Waze, que o TeK já tinha dado a conhecer, baseia-se num sistema colaborativo onde todos os utilizadores podem dar a conhecer rotas alternativas e podem denunciar filas de trânsito ou obstáculos que impeçam a livre circulação. Estas características integradas no Google Maps, que ganhou uma nova versão recentemente, vão dar uma vertente social ao serviço que pode aumentar ainda mais a sua base de utilizadores.

O negócio entre as duas empresas foi feito nas primeiras semanas de junho por uma quantia a rondar os mil milhões de dólares.


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